Separação é a solução?

Hoje em dia, temos visto o número de separações crescer muito.

Principalmente, os casais mais jovens têm desistido muito rápido de tentar resolver seus problemas conjugais. Existe uma tendência a trocar de parceiro assim que surgem as primeiras dificuldades. Em uma sociedade onde tudo é descartável, os relacionamentos a dois estão seguindo a mesma norma.

Devemos procurar detectar os problemas a medida que estes aparecem e verificar o que podemos fazer para resolvê-los junto com o parceiro. Para que isto seja feito, é necessário que a comunicação entre ambos seja boa, cultivada e aperfeiçoada a cada dia. Buscar no outro a solução para suas próprias dificuldades e atribuir a ele a culpa de tudo que sai errado não vai favorecer a maturidade do casal. É somente quando reconhecemos que também temos responsabilidade sobre o desfecho dos acontecimentos é que podemos realmente partir para buscar soluções.

Como perfeição não existe, é preciso avaliar até que ponto os defeitos do companheiro nos incomodam e o que podemos fazer para convivermos sem desgaste com eles.

Lembrar os motivos que nos levaram a escolher o parceiro, as qualidades que nos atraíram no início, pode ser muito proveitoso. Muitas vezes verificamos que essas qualidades estão ainda presentes e apenas deixaram de ser valorizadas.

A vida a dois não é fácil, pois trazemos valores e referências diferentes das famílias de origem. Acertar estas diferenças e criar hábitos próprios e adequados a nova vida pode ser complicado, mas vale a pena tentar quando existe amor.

Às vezes, o casal descobre depois de várias tentativas que realmente são incompatíveis. Um não consegue, por mais que se esforce, fazer o outro feliz. Neste caso, a separação é inevitável. Mas antes de chegar a esta conclusão, vamos tentar avaliar se realmente já houve uma tentativa conjunta de resolver a questão e, nesse momento, um psicólogo pode auxiliar o casal.

Afinal, trocar de parceiro muitas vezes é trocar de problema e um amor verdadeiro não se acha em cada esquina. Então, reflita se não vale a pena tentar outra vez.